
Sopa de letrinhas, diletantes
Dança de palavras, frugais
Na beira do prato, consoantes
Desmancham na boca, vogais
Escrever e cozinhar, rende
Dançar e poesias querer
São artes que não se aprende
Sem que se comece a fazer.
A dança dos temperos na panela
No ritmo a escrita do passo
As frases musicais que anela
Quem tem a vontade no traço
E a coleta de erros que ensinam
Para quem não procura acertar
Quanto mais erros chacinam
Mais riqueza no dançar
Só quem tem amor transbordante
É que pode derramar
Da panela de letras sobejante
O carinho que expressa no cantar
O que alimenta o poeta não é letra
Nem tampouco o que dele esperam
Pois só dá o que derrama a caneta
As tintas do amor que operam.
Sem dança não há dançarino
Se escrever sem medo, há poeta
Cozinheiro que torce o pepino
Para todos a vontade é que espeta
Então deixo aqui meu amor
Para quem soube ser paciente
Derramo o calor, o fulgor
Que deveras me deixa contente
Amo a letra, a sopa, a dança
Que sambam na minha mente
Que brinque nossa criança
E num abraço quente acalente.
Por favor espero ver suas rimas
Seu amor que transborda e alimenta
A dança do ventre, a esgrima
Sua alma, em versos, pimenta.
🦁 Malone
que poema gostoso de ler !!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Que alegria ver um comentário assim! Obrigado! 😍
CurtirCurtido por 1 pessoa