
O poder mesmo
é o da escolha diária,
essa que diante
estamos
todo o tempo.
Ao fugir,
negar,
ou se deixar levar.
Saiba!
Não escolher é aceitar.
Há que se saber querer
e desquerer
com fúria
e desatino;
Deixar-se amar
na ambiguidade,
estar vivo
e ser ainda
o sonho
de um sonho
divino.
Decidir-se,
forjar-se às pedras
ou tornar-se fruto do intestino?
Eis a cilada,
oh Peregrino!
Pois,
se o passo é um rebento
de inúmeras jornadas,
por que largar os dados
aos prazeres do destino?
C.S.