
Conversando com Lord A e a Rainha Xendra Sahjaza, sobre as adversidades que nos surpreendem, me dei conta subitamente de que somos todos vampiros. Estamos adormecidos e sonolentos diante da percepção de nossa verdadeira essência até que algo nos chacoalha abruptamente e lamentamos profundamente o ocorrido, até nos darmos conta de que esses eventos foram necessários para nos despertar.
Assim refeitos do susto vemos que nossa vida é feita de muitas vidas, que vivemos por milênios em outros corpos e personagens, mas que nossa essência sempre foi a mesma, eterna.
Como vampiros saindo da morte para a vida, despertamos de nossa mortalidade para a compreensão de nossa imortalidade. Percebemos que sugando a essência vital de cada ser que conhecemos em nossa jornada, o néctar da vida, sua história e experiências, vamos colecionando estes viveres e formando nosso templo astral com cada pedrinha, cada “persona” nova que nos empresta uma nova camada de personagens que temos, de formas de ver o mundo, ampliando a nossa, possibilitando-nos evoluir em nossa jornada.
Vampiros sedentos de sangue vivo e vivido, levantamos de nosso sepulcro, retornando à vida eterna que sempre tivemos, despertando para a observância de nossa essência vampirica, temos sede de vida, de amores, de saberes, e disfarçados para os que não compreendem, estamos ocultos, incógnitos, mas presentes. Somos muitos! Somos um!
🧛♂️ Malone
Música: The Vampire Masquerade, Peter Gundry
P. S. : “O verdadeiro sangue, o elixir rubeos que nutre o Strigoi, não é um sangue nascido, mas um sangue que precede a palavra antes de ser proferida, um sangue não nascido, a essência do ofício vampírico” Lorde A. Autor da obra “Deus é um Dragão”, ed. Penumbra.