
Conta a Edda que para recuperar seu martelo roubado por um gigante que desejava Freyja, Thor foi aconselhado a se disfarçar de mulher, e assim enganou o gigante em sua caverna escura e fria, que acreditando estar diante de Freyja, lhe devolveu o martelo e então todo eles foram destruídos.
Quando perdemos nossa força, nossas armas de defesa, ficamos estarrecidos, sem chão, tristes, até que nossa intuição nos leva a transcender a dualidade aparente, nos aprofundamos nas cavernas sombrias do inconsciente que apenas deseja a satisfação a qualquer custo, e então esse gigante que não vê bem devolve nossa força, e nos permite desfazer essas ideias distorcidas que temos da realidade, e ficamos então aptos à trazer à consciência o que emocionalmente nos derrubava, mais fortes, não permitimos que essas sombras nos afundem, dialeticamente, até que outra porventura venha e nos provoque outras reflexões.
O Mjölnir sempre retorna às mãos de quem precisa estar consciente de suas batalhas.
Malone