
Senti as lâminas de um três de espadas em meu pescoço.
Os tijolos da torre me atingiram na testa.
Meu sangue esguichou borrando as três moedas.
Meus pés chafurdaram na água fria de um oito de copas.
Me vi cercado de oito espadas, de olhos vendados só via medo.
O cansaço de 10 paus sobre as costas me pesou os ombros.
Senti a falta das duas taças sobre a mesa, cheias de esperanças.
Um às de copas que tinha todo o potencial em si.
Os momentos das vitórias em que desfilávamos num cavalo com seis bastões.
Felizes como amigos que com dois discos se equilibram.
E agora apenas a água fria com um lagostim e duas bestas uivando pra lua.
Três taças cheias e só vejo outras duas caídas ao lado do rio.
Que nessas águas eu encha meus cântaros e encontre a temperança.
Seis espadas irão me mostrar a saída.
Enfim poderei ver três copas cheias de celebração
Até nove ao redor da mesa, se ao menos uma semente, um ás de moedas restar.
Peço ao Touro, à águia, ao Leão e ao anjo
Que fins sejam sempre recomeços e que o louco da amizade retome uma nova jornada.
Malone