REINTEGRAÇÃO

Quando eu me escorria pelas pedras,
rompendo-me em pedaços e galhos.
Olhava-me com o olhar dos peixes
e com a fome das gaivotas.

Chovia
como quem saltava 

de uma nuvem,
    anjo em queda
            ou riacho.

Que paragem era essa,
                          despercebida? 

O estômago da terra
                  pelo tato da formiga.
O peso do mormaço
                no planar da borboleta. 

Se sou a árvore quieta,
                        a lagarta 

é minha parte da folha.

Se sou bosque,

                  o passarinho
é a parte de mim
              que voa.

Assim,

sou tanto o bardo,
quanto a nota do seu banjo.

Quando a corda
ressoa.

C.S.

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