
Ó grimpantes gavinhas que escalam muros intransponíveis
Escandente erva que transpõe barreiras impossíveis
Que quebra expectativas e vai onde te dizem para não ir
Diz-me como fazer para alçar incomensuráveis alturas
E ir onde não sonhei jamais, sem cair de lá tal qual Ícaro com penas e cera.
Ó Lianas professoras, que me mostram o valor de um apoio
Sublimes herbáceas que escalam seus apoios, sem destruí-los, sem injuriá-los
Dignificam outrossim, cada degrau por onde sobem
Assim meus abraços quero dar, nos que me apoiam, me sustentam
Assim quero ser, frágil planta que ninguém faz conta
Faço conta de ti e me ancoro em seus ensinos, queridos brotos
Vou galgar cada etapa, cada tronco, ombro, pescoço, cabeça, telhado e muro que me colocarem
Abraçando-os com amor, com vigor e do alto serei frágil, mas vitorioso
E lá de cima me lembrarei de quando fui apenas semente,
Feliz, pleno, me abraçando, sendo eu mesmo meu apoio, meu muro, meu suporte.
Malone