Autoestima

Já parou para observar se há um padrão nas escolhas das pessoas de quem quer estar perto?

Como elas são? Quais os comportamentos? Como lhe tratam? Fazem brincadeiras parecidas, olhares, comentários, julgamentos, atitudes?

Observe-se como foram seus sentimentos quando esteve perto dessas pessoas, quais os padrões de pensamento, linhas de raciocínio que seguiu, emoções, cheiros, locais, situações. Se encontrar um padrão, perceba quais foram as motivações que o fizeram crer que precisava estar ali com essas pessoas. Se pergunte a que ou quem essa escolha serviu, se a você mesmo ou a algum sentimento ou crença vindo de fora, do sistema, seja familiar, social, trabalho.

Perceba quais foram os benefícios que de alguma forma o fez se manter ali próximo a essas pessoas, e quais foram os prejuízos ou desvantagens.

Essas relações que possuem um certo padrão lhe fizeram crescer em alguns pontos e sofrer em outros. Qual o balanço?

Quer se ver novamente na companhia dessas pessoas, ou desse padrão de pessoas? Precisa de estar nesse padrão até quando, se isso não for positivo? Mesmo sendo positivo, há como melhorar?

Essas reflexões irão revelar de alguma forma que muitas escolhas que fazemos tem mais a ver com crenças pré-estabelecidas do que com nossa verdadeira vontade.

No caso de relações tóxicas, a pergunta que é feita frequentemente: “porque só me aproximo de pessoas assim?” pode ser analisada por vários ângulos. Um deles é o de que quando percebemos no radar pessoas boas, positivas e que se afinam perfeitamente com nossas qualidades, nos aceitam como somos, sem julgar, quando temos alguém assim, há pensamentos e análises sabotadoras. A crença pré-estabelecida que nos levou a escolher as “pessoas tóxicas” tenta sobreviver para não morrer a míngua sem alimento, e as frases do passado ecoam, convencendo-nos de que não é para nós, não merecemos, “acho que entendeu errado”, essa pessoa nunca iria me aceitar, não daria certo, e várias desculpas fantasiosas que nos empurram pra onde a origem disso precisa que fiquemos.

Em verdade não existem pessoas tóxicas. Em uma relação existem 4 entidades: 1- você, 2- o outro, 3- a sua relação com o outro, 4- a relação dele com você. A relação sua com ele é tóxica, nesse caso, e não o outro e nem você. Todos temos problemas e cada um só consegue lidar com o seu.

Percebendo por esse ângulo, é mais fácil se dar conta de que nada que faça para mudar o outro ou a relação dele consigo, será efetivo, pois não está em seu controle. Apenas você e sua relação é que estão.

Abrir os olhos, retirar escamas que impedem de ver pessoas que possuem características positivas e acreditar que você pode sim ter relacionamentos saudáveis e pessoas legais em seu círculo, é algo a ser trabalhado, um passo importante para sua liberdade quanto a crenças pré-estabelecidas. Acredite, há bilhões de pessoas no mundo, muitas gostam do seu jeito de ser, exatamente como é.

O outro passo é se dar conta de que não há culpados nem vítimas, ninguém é responsável pelas mudanças que somente você pode criar em sua vida, em seus relacionamentos. E que sempre pode mudar a forma de ver e sentir, sempre é tempo de rever crenças, criar os seus modelos, e não precisar ficar preso no que estabeleceram antes.

Olhe para o lado, há alguém disposto a manter sua chama acesa, a compartilhar o fogo do amor, não precisa se prender a quem o apaga ou não está disposto a compartilhar o que precisa. Cada um tem sua qualidade, seu desejo, não precisamos forçar a estar com quem não se sente a vontade conosco como somos.

Fique em paz sendo quem é, agradeça pelo que tem e lute pelo que não tem e precisa.

🔥 Malone

Imagem: perfil do Instagram do Psicólogo Thiago Sian Andriolo

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