
Em nossa busca por nós mesmos, em um determinado momento, nos recolhemos e encerrados em nossa busca pelo nosso eu superior, começamos um processo de “elevação” escalando degrau a degrau em busca do que é do alto.
A impressão que temos é que o sagrado está no alto, longe da imanência, dado que o vemos como totalmente transcendente.
E assim nos distanciamos, numa busca com as melhores e mais elevadas intenções, dos nossos pares, até que evitamos nos misturar com quem não está tão “elevado”.
Nesse ponto, em que a comunicação começa a se distanciar e não há entendimento, como um raio fulminante, essa torre alta é atingida, e somos derrubados.
Essa queda mostra que o caminho de busca pelo transcendente ocorre na imanência, é justamente entre os pares que iremos ter espelhos que nos mostram nosso eu superior.
É na horizontalidade que superamos nossas diferenças e nos encontramos. Uma mudança de paradigmas digna de um tombo necessário e produtivo.
Saber cair, se desapegar da torre, mudar o rumo e se levantar é para poucos. Não há sentido em ficar chorando no chão admirando escombros. Permita que a torre se vá, e renasça mais forte.
Há um sol lindo adiante.
Malone
Música: Tower of Babel, Elton John.