
Quando esperamos a perfeição do outro (sejam os pais, companheiro ou companheira, filhos, patrões, empregados, sócios, etc. ), em nossas relações, criamos expectativas que nem sempre vão de encontro às capacidades da pessoa.
Essa frustração nos afasta em um primeiro momento, pois o outro não foi quem projetamos. Há um sentimento de engano, normalmente como se o outro traísse nossa confiança.
Saber que cada humano é falho, é justamente o que nos mostra sua perfeição. Somos perfeitos em nossa imperfeição. Somente sendo imperfeitos nas relações, abrimos espaços para o equilíbrio. Permitimos que o outro se sinta a vontade para pedir ajuda. Para que ao esperar sem ter tudo como quer, possa fazer sua parte e criar o que precisa para si mesmo.
Sendo perfeitos nos colocamos para o outro como o adulto que irá cuidar de sua criança, e o deixamos infante. Nossas falhas na relação é que permitem a busca pela lapidação internamente.
O gosto pela vida começa justamente aí, ao aceitarmos a imperfeição, ao permitir o livre fluxo da energia, mesmo sem a compreendermos em alguns momentos.
Quando entendemos, percebemos que nunca foi falha. Era exatamente o que precisávamos.
Malone