Diante da tristeza e solidão
Sou minha melhor companhia
Amores que vem e vão
Deixam peito e casa vazia
Quem se importa comigo sou eu
Sou meu melhor abrigo
Asas, serpentes do caduceu
A mente cria perigo
Fantasmas se refestelam
Se divertem às custas de memórias vãs
No espelho imagens escancaram
Me guardam moças, mães, anciãs
Pensamentos que atormentam
Inseguranças de quem se frustrou
Os pais não são heróis, nem tentam
Estou só, por mim, eu sou
A criança só, se embrutece
Definha, ou encolhe
Se acovarda e fenece
É planta sem ter quem molhe
Mas se ela se dá conta
De que é mais que ela só
Que é seu pai e sua mãe, desponta!
Não há solidão, o medo é pó.
A raiva se esvai
Na garganta, o nó solta
É a lágrima que cai
Rega um sorriso, que volta
Somos uma multidão,
De pais, mães, avôs e avós
Atrás de nós, a legião
Dão força, amparo, soltam a voz
Não há mais vazio, não estou só
Caminho adiante firme, seguro
Na estrada sigo e atrás deixo pó
O menino vem comigo, maduro.
Malone
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