
Era uma vez uma flor
Na ponta de um galho morava
Sua vida era ver sua cor
Seu perfume a inebriava
Ela brincava no vento
Se divertia com as borboletas
Dos pássaros o som e o lamento
Ouvia feliz, espoleta.
Certo dia alguém a visitou
Um colibri assanhado
No centro da testa a tocou
E saiu todo espevitado
Que desaforo foi esse!
Como assim? Seu abusado!
Chegar assim sem finesse,
Invadindo meu templo sagrado!
Mas eis que algo novo sentiu,
A flor não foi só visitada
Um presente o danado emitiu
De pólen largou uma pitada.
Animada a pobre florzinha
Tentou entender o que era
Se lembrou de sua vizinha
Tudo isso não era quimera.
Somente um lampejo de luz
A visita de um anjo alado
Alguém tão puro introduz
Em nós, tão fecundo legado.
A flor se viu transformando
Em fruto, em vida, em história
E um abacate chegando
Do abacateiro seria a memória.
As nossas ideias e crenças
São assim como a flor protegida
Ficam dançando, sentenças
Incertezas despertam pra vida.
Eis que tudo se move se cria
Se transforma, se ilumina
Nossos sonhos, nossa alquimia
Juntos, fortes, ninguém domina.
Um precisa do outro
Mesmo que se virem sós
Mas juntos curam a dor
De si mesmos, de você, de nós.
A flor nos deu abacate
Então também o colibri
De quem é o fruto? Empate!
Pouco importa, comi e sorri!
Espero que sempre visitem
Flores e frutos, asas
Que venham sejam, fiquem
Em minha vida, alma, casa.
Com amor, Malone.
Toda quarta-feira tem #saraumalonico no grupo do telegram
Bardo Malone!!!
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valeu a força amigo, estou aprendendo a cada uma que faço! Estou com o melhor!
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