Fogo de chão

As cartas na mesa

As mãos se seguram

No peito a frieza

Dores que duram


A dúvida aperta

Na mente a incerteza

Embaralho na certa

O presente, a presteza


E tudo, está firme no chão

A sorte, a intuição

E tudo, está solto no vão

A morte de toda aflição.


As cartas disseram

O que foi, o que vem

As mãos relaxaram

A mente também.


Um copo de vinho

A lenha, aconchego

Olhares se cruzam

As mãos, um chamego


E tudo, está firme no chão

As certezas, o fim da ilusão

O amor e a sensação

Que nada se prende à razão.


Um beijo, um abraço

Um olhar de carinho

No peito um laço

Um desejo de ninho


Um vazio que enche

Um copo sem nada

A garrafa preenche

O desejo da amada


E tudo, está firme no chão

O fogo, queima o coração

Um cometa, rasga a vastidão

O perfume, a magia, atração.


O silêncio revela

Uma coautoria

A chave desvela

As trancas, a via


Uma porta aberta

Um peso que é leve

Um sorriso acerta

A volta em breve


E tudo, está firme no chão

A brasa, do amor, da paixão

O vazio, se encheu de afeição

Os beijos, labaredas de então.


Malone

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