
🔥 Lc 1,80
O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
São João Batista, em hebraico יוחנן, ou Yohanan (misericórdia divina), o menino que estava no ventre da prima de Maria e reconheceu o Cristo, e que viveu nos desertos, comendo gafanhotos, mel, vestindo-se de sacos, e que trouxe o batismo.
A guematriah desse nome é 124, a mesma de Eden, o jardim original. A figura de que a energia desse jardim caminha pelo deserto nos remete à passagem da emanação até a materialização, o caminho do Tau, e ainda carrega o símbolo do batismo, a morte no caos que eleva o neófito à condição de iniciado, pois renasce outro, com outra roupagem.
O que abre caminhos no deserto, o eremita solitário, que batiza, e que anuncia a chegada de alguém de quem não é digno de amarrar as sandálias, fortalece a imagem de um amparo ao iniciado, alguém que dá suporte à distância para os que irão se atirar às sendas da iluminação, e passar pelas ordálias que forem necessárias, atravessando o caos para se lapidar.
A data de celebração desse ícone não é escolhida a esmo, mas se contrapõe diametralmente à escolhida para o Natal. No hemisfério norte o Natal coincide com Yule, o nascimento do bebê da promessa, e a natividade de João com Litha, e as fogueiras iniciáticas.
Que as energias dessa egrégora joanina possam nos fortalecer em nossas propostas iniciáticas, nos tragam a luz no caos, nos acompanhem em nossos desertos.
❇️ Malone